Natal pleno é Ajudar o outro a ter igual A tudo o que já temos (E às vezes não merecemos) Mesmo antes do Natal E também não ficaria mal Um pouco de luz a menos Porque só assim veremos O brilho da estrela - a tal Que dizem foi o sinal Do Natal que hoje temos Do Natal que queremos Menos desigual Aqui ou em Nazaré
P.S.: Do mais simples dos desejos se pode fazer um projecto e do projecto mais simples pode nascer uma Obra... Este é apenas o meu desejo mais simples que gostaria simplesmente de partilhar com todos os meus amigos...
Mil vezes tentei
E outras tantas desisti
Quase fiquei
Quase parti
Mas só quando quebrei
A dependência de ti
E me libertei
Percebi
Que quase nada
Mantinha a chama
E esta apagada
Resta a quem ama
Pouco mais que nada
Acabamos pois com tudo
(Afinal quase nada)
Parti mudo
E tu calada
Afinal para termos tudo
Faltou só um quase nada
De tudo...
Levanto-me (uma vez mais) instável como vara de vime fustigada por um vento inexistente e tacteio no escuro o espaço à minha volta em busca de algo a que me agarrar: podem bem ser as lianas dos teus braços ou o aconchego das bóias de salvação que nunca me recusaste em nenhum momento (mesmo naqueles em que não existindo qualquer emergência, eu te procurava…)
Qualquer um desses “meios de salvamento” por si só, seria capaz de me resgatar com êxito do abismo em que me sinto afundar mas em conjunto então, garantiriam seguramente a obtenção desse desiderato…
Mas não! O que as minhas mãos encontram - porque não te encontram - é o vazio, a ausência de qualquer ponto de apoio (e ausência é “encontrar” coisa nenhuma…)
E mesmo que já o soubesse, constato uma vez mais que vazio e ausência são características de todo o espaço físico em que tu não estejas presente. E por isso não poderia ocorrer outra coisa senão esta: Sem ti, sem as lianas dos teus braços, sem o teu corpo (e a bóia de salvação que sempre nele tenho encontrado) caio de novo e mais uma vez (quiçá a última, a não ser que voltes - fisicamente - porque na verdade, em espírito tu sempre aqui tens estado!)