É quase uma constante
Este estado inconstante
Esta busca inacabada
Ou sequer iniciada
Que já não estou certo
Se caminho no deserto
Ou se imóvel me movo
Porque mesmo parado
Busco-te em todo o lado
Neste vazio interior
Porém pleno de dor -
- Desde o dia em que senti
Que caminhando sem ti
Morro em cada passada
Sufoco em cada golfada
Do ar que respiro
Num último suspiro
Que não ouso soltar
Enquanto não te encontrar
"Não que deixes de ser linda
Quando despida
Porém quando vestida
Linda ficas mais ainda
Sei que dirão de mim
Que ou estou baralhado
Ou passei para o outro lado
Por te preferir assim
Mas não, não estou errado
Quando exibes a nudez
Não me inibe a timidez
Mas medo de ficar gelado
Que perco ao ver-te sorrir
Ao ver em ti mil sinais
De que é com os pardais
Que vou ter que competir"
E basta já de charadas
É tempo de explicar
Que do que estou a falar
É das cerejas rosadas
Que espero colher
E da minha cerejeira
Só uma mente brejeira
Poria na história a mulher