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TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

O CÉU COMO LIMITE (DE VEZ EM QUANDO...)

Era para ser um curto e singelo passeio pelo espaço sideral que a Terra, de tão exígua e superpovoada, às vezes sufoca-nos, limita-nos inibe-nos…

Acabou sendo uma longa e demorada viagem de tântrico e puro deleite onde o tempo deixou de contar, pelo menos de ser medido em unidades de contagem de uma escala demasiado conhecida porque muito percorrida (se todos temos o nosso relógio biológico, porque não preterimos definitivamente aqueles que nos habituamos a trazer quais algemas, amarrados aos nossos pulsos?)

Paramos por momentos – tântricos momentos – na via láctea, na parte mais nebulosa do lácteo espaço. Estava-mos sós e por isso nos pudemos despir – de têxteis, de regras, de preconceitos - e até do preventivo látex (nenhum de nós tem feito viagens de táxi, que essas sim, implicam sempre um comportamento de risco...)

Olhamo-nos nos olhos onde se reflectia o universo inteiro: Mercúrio, Vénus, Terra (bela e azul, porque da distância a que nos encontramos não conseguimos ver o lixo que temos andado a varrer para debaixo do tapete) e todos os outros cujos nomes vêm escritos nos compêndios e nos livros da escola…

Foi tão bom esquecer limites pré-estabelecidos! Desde logo, o que a mim próprio impus: “A Terra Como Limite"... 

É uma regra, mas hoje foi dia de quebrar regras, até porque elas só se confirmam e consolidam através do esporádico exercício da excepção!


PS: Não que seja um detalhe importante, mas mesmo assim, julgo que se impõe uma pequena explicação: Terra e Via Láctea encontram-se em fusos horários diferentes, pelo que a data da publicação deste post, corresponde em rigor ao dia 22 de Agosto de 2008.