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TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

RETIRO ESPIRITUAL...

Talvez faça sentido

E seja este o momento

De ser como o vento

Ou o leão enfurecido

De ser a tempestade

Porque a permanente bonança

Dificulta a mudança

De não ficar pela metade

De quebrar as amarras

De interromper o mito

Em que já não acredito

Já não sinto aquela chama

Quando me agarras

Talvez deva cortar amarras

Rumar à minha Taprobana

(E construir nela uma cabana

Com apenas um lugar)

E um dia pode acontecer

Quem o pode adivinhar

Que tenha de duplicar

O espaço de acolher


Uma coisa é aquele tipo de construção que por vezes fazemos no nosso imaginário para um percurso possível relativamente à nossa vida, outra bem diferente é a probabilidade ou a possibilidade mesmo remota de que o mesmo se possa vir a concretizar.

A imaginação é talvez uma segunda forma de viver e ao contrário dos vários tipos de vida em comum que nos podem ocorrer, esta é sempre muito pessoal. A regra, é quase sempre mantê-la no nosso baú das "coisas secretas" que apenas em momentos muito especiais nos atrevemos a visitar.

 

 

PORTAL DO TEMPO...

No portal do tempo

Paro por um momento

Nem fora nem dentro

Sei que posso voar

Se à tua eu juntar

A recusa de abdicar

Mas posso também

Optar pelo aquém

Terra de ninguém

É breve a hesitação

No fundo simples opção

Entre cérebro e coração

Decido e entro

No portal do tempo

E em passo lento

Caminho

Tu és o caminho

Cheiras a pinho

Acabado de serrar

És  o meu altar

Onde me apetece rezar

És a minha fonte

A minha ponte

Até ao horizonte

Porém algo acontece

O dia amanhece

E o sonho fenece

Não há portal do tempo

Nem o teu altar

É de madeira de pinho

Acabada de serrar

Nem és o meu caminho

Nem me apetece rezar

Nem eu caminho

Porque acabo de acordar

UMA GALÁXIA MUITO PRÓXIMA...

Mexes comigo

Contigo 

Eu vibro

Eu acelero

E partindo do zero

Já te espero

Quando chegas aos cem

Contigo sinto-me bem

E vou sempre mais além

Na noite cálida contamos estrelas

Mãos sob a nuca tu ficas a vê-las

Porém a teu lado eu escolho aquelas

Que nos teus olhos contemplo

E por um momento

Eu apago as do firmamento

Interpondo-me entre elas

E o brilho daquelas

Que considero as mais belas


Há noites assim, em que as estrelas nos desassossegam. As que vemos sem poder tocar e aquelas em que tocamos e onde por vezes mergulhamos - que há estrelas assim, com mar, onde podemos ir e voltar, mergulhar, viver e morrer sem deixar de respirar. Estrelas que nunca deixaremos de amar...