MORRER DE NOVO...
Desci
mergulhei imergi
toquei bem no fundo
do teu eu mais profundo
(ou será que emergi
por estar abaixo de ti)
sobrevivi
(eu acho que morri)
deixando-me queimar
ou afogar
no teu magma no teu mar
impossível viver sem ti
caminho
em terreno aberto
o passo incerto
que mesmo sem escolhos
me faltam teus olhos
para ver o caminho
repouso
mas no meu sono agitado
há um desejo inconfessado
por isso ouso
voltar a imergir e morrer
(ou renascer)
desço
e de novo em ti
esqueço que imergi
e permaneço
dói tanto o recobro
que não quero emergir de novo