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TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

DEVAGAR, COMO QUEM CORRE...


Enlaças-me apertas-me

Como trepadeira ao seu tutor

E gemes imploras ou ordenas

Que venha depressa que voe

Mas eu não vou nem voo

Nem podia fazê-lo

Porque já estou

Precoce cheguei

Mesmo sem me apressar

Dez vezes dez contei

Devagar como quem corre

Sobre a corda bamba

Qual funâmbulo sem o ser

Correndo o risco de cair

Cavalguei o nada

Que antes de ti

Era apenas o verbo

E chegado ao fim da linha

À última estação

Sem te ver a meu lado

Entre o desistir

E viajar noutro dia

Decidi esperar por ti

Até que chegaste

Me enlaçaste me apertaste

Ascendeste sobre o meu cansaço

Ordenaste que fosse e eu fui

Como se fosse a vez primeira

Dez vezes dez contei

Como da primeira vez

E voei como ave marinha

Voo mergulho voo mergulho

Dez vezes dez contei

E retemperados (ou cansados) chegamos!