Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

TERRA MOLHADA

PROMESSA DE FRUTOS MADUROS, DE ABUNDANTES COLHEITAS... BÊNÇÃO DAS PRIMEIRAS CHUVAS DE VERÃO... DOCE PERFUME DE TERRA MOLHADA...

VAZIO INTERIOR...

 

 

É quase uma constante
Este estado inconstante
Esta busca inacabada
Ou sequer iniciada
Que já não estou certo
Se caminho no deserto
Ou se imóvel me movo
Porque mesmo parado
Busco-te em todo o lado
Neste vazio interior
Porém pleno de dor -
- Desde o dia em que senti
Que caminhando sem ti
Morro em cada passada
Sufoco em cada golfada
Do ar que respiro
Num último suspiro
Que não ouso soltar
Enquanto não te encontrar

 

A FORÇA DA RAZÃO...

 

Insensatos...
Os vossos desacatos
Traíram a canção
Que apelava à união
Estragaram a magia
Deste dia
De festa e de luta
Não de força bruta
As “palavras de ordem”
Não apelavam à desordem
Porque os argumentos
Quando são violentos
Não movem consciências
Geram resistências
Só a força da razão
De que nos fala a canção
Congregando os amigos
Vencerá os inimigos
Regressem pois ao refrão
Não silenciem a canção!
 

AURORA DE FOGO

 

Acordo na madrugada
Ainda subjugada
Pela sombra do algoz
E ouço a tua voz
Soluçada
Algemada
Reclamando por Abril
Sem nuvens primaveril
E em tudo igual
Ao original
Do Portugal libertado
De vermelho pintado
Que Abril é vermelho
E não rosa velho
E de repente
Um canto imponente
Forte qual trovão
Aquece-me o coração

“Oiço ruírem os muros

Quebrarem-se as grades de ferro da nossa prisão

Treme carrasco a morte te espera

Na aurora de fogo da libertação!”

E já não te oiço a chorar
Mas a cantar
Fazendo tua a canção
Que vem da multidão
Partamos pois sem demora
Que a vida começa agora
E Maio não pode esperar!