QUE SEJAM ALBARDADOS...
Mal comparado
Lembra-me aquele cão
Que morde a mão
Depois de alimentado
Esta gente sem memória
De quem na História
Nada ficará registado
Trataram de forma vil
Aqueles outros fardados
Que ficaram acordados
Numa madrugada d’ Abril
Enquanto eles descansavam
Ou de medo se borravam
Com o que fugiu pró Brasil
Mas Abril há-de voltar
E em vez da farda
Iremos dar-lhes um’albarda
Que em vez de marchar
Há-de ser em corrida
Rumo à porta da saída
Que hão-de trotar